Friday, January 18, 2008

Ano novo, reconhecimentos novos!

Feliz 2008!

À descontracção e pouca atenção dada às Ciências da Educação, devido a muitos factores que pouco interessa revelar, soma-se a "preguicite aguda" que todos nós pelo menos uma vez na vida sofremos, e assim o desleixo instala-se e deixei, consequentemente, de escrever e actualizar o blog.
Não é grave porque este também não é frequentado nem comentado, mas do meu ponto de vista é um pouco maçador ... e desmotivante ter começado algo e não continuar. Assim pretendo, continuar a dar notícias do meu percurso até porque já estou licenciada!

Tuesday, April 24, 2007

Agir é necessário!

“Nada muda se nós não mudarmos. E eu mudo pelas minhas atitudes. (…) Quem for igual vai ser substituído por alguém igual. A única forma de chegar a algum lado é ser-se autêntico. (…)
Importante é não deixar o medo da mudança paralisar as acções.” Leila Navarro
È neste sentido que é pertinente, e que me sinto no dever de fazer algo pela ANALCe, por nós no
sentido de discutir, dar a conhcer, alertar, escrever e reflectir sobre o que se passa com esta
licenciatura, agora no novo plano de estudos segundo o processo de Bolonha.

Alguém já fez alguma coisa!

Bem como se pode verificar a nossa situação não é, de facto, muito famosa, mas continuamos a lutar para ser reconhecidos, é aliás neste contexto que surgem os autores da carta apresentada à nossa querida Ministra da Educação nesse momento.
Assim, passo a apresentar a ANALCE (Associação Nacional de Licenciados em Ciências da Educação), tudo começou em conversas pelos bares de Coimbra e acabou por gerar o organismo que actualmente mais luta pelos nossos direitos!
O primeiro encontro nacional foi realizado a 29 e 30 de Setembro de 2006, em Leiria, no qual estive presente. As discussões abriram novos horizontes, amizades e perspectivas acerca da educação. Foi muito importante esta reunião porque acima de tudo fez-nos sentir que não estamos sozinhos e que se passamos todos pelo mesmo, poderemos criar forças e laços mais dificeis de passar despercebidos e desmotivados.

Quem somos? O que fazemos?


Em Portugal as Ciências da Educação remontam aos anos 70, logo após o 25 de Abril, introduzidas pela mão dos que tinham adquirido graus e experiência nos EUA ou noutros países Europeus.
Esta área científica surge da necessidade emergente de um novo conceito de educação devido às transformações político-económico sociais da época que se concretizou no alargamento do âmbito da educação a vários domínios da vida social: educação permanente, formação profissional, educação de adultos, educação ambiental, educação familiar e educação para a saúde, entre outras, acentuando a vocação interdisciplinar das Ciências da Educação.
Nos anos 80 surgem as Licenciaturas em Ciências da Educação, passo de extrema importância para a renovação de práticas e atitudes, nos diversos planos e sectores do Ensino e da Educação, em especial a Educação de Adultos
.(In carta dirigida à cara Ministra da Educação Dra. Maria de Lurdes Rodrigues, 2005).

Sou finalista da licenciatura de Ciências da Educação na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade de Lisboa. Apanhada com o processo de Bolonha, vi-me “obrigada” a estagiar um ano mais cedo, aliás a aderir a um PIC (plano de integração curricular) para que a transição para o plano de estudos segundo Bolonha fosse possível.
Ora, inicialmente, este curso representa(va) uma área bastante interessante para se estudar, principalmente porque permitia observar a educação sob diferentes prismas. Actualmente vejo e sinto que nos cortam as pernas e temos muito que lutar para ser reconhecidos…vejamos, quando há cerca de quatro anos fui em busca de informação quanto às saídas profissionais tínhamos:

  • Técnico superior da Educação;
  • Técnico superior de formação;
  • Poder exercer actividade profissional nos sectores de recursos humanos e formação e empresas; instituições ligadas a práticas educativas e escolas em diferentes modalidades e graus de ensino…


Actualmente denoto que:

  • Técnico superior da Educação (a exclusividade deste estatuto foi-nos retirada…e há até quem diga que este termo nem exista!);
  • Técnico superior de formação (cada vez mais limitada, agora não podemos exercer formação na área da cidadania e empregabilidade);
  • Poder exercer actividade profissional nos sectores de recursos humanos (sociólogos hum…) e formação e empresas; instituições ligadas a práticas educativas (a recibos verdes e…nova geração) e escolas em diferentes modalidades e graus de ensino (conhecem alguém a trabalhar em escolas?)